DISPUTA PELA CÂMARA
Pré-candidata à deputada federal pelo União Brasil, a ex-chefe do Procon Gisela Simona acredita que o partido fará duas vagas na Câmara e afirmou que, apesar de ver o favoritismo em torno do nome do ex-federal Fábio Garcia para uma das vagas, acredita em uma competição “de igual para igual”.
Ela a advogada relembrou os 104 mil votos recebidos por Garcia em 2014 e concordou que ele deve receber um apoio massivo do governador Mauro Mendes durante a campanha, mas pontuou que isso não a intimida.
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“De forma nenhuma. A gente sabe do nosso tamanho, mas é matemática mesmo. Garcia é o favorito da chapa, temos essa clareza, pé no chão em relação a isso. Mas achamos que a chapa chegue a 300 mil votos e é possível fazer uma segunda vaga”, afirmou.
“Garcia é o favorito da chapa, temos essa clareza, pé no chão em relação a isso. Mas achamos que a chapa chegue a 300 mil votos e é possível fazer uma segunda vaga
“E nessa vaga estaremos brigando de igual para igual para ter uma representatividade feminina na Câmara Federal”, acrescentou.
Ex-candidata à Prefeitura de Cuiabá, Gisela já tentou uma cadeira em Brasília nas eleições de 2018, quando reuniu pouco mais de 50 mil votos e ficou com a primeira suplência da coligação que elegeu Rosa Neide (PT), Emanuelzinho (MDB), Neri Geller (PP) e José Medeiros (Podemos).
Ela lamentou, porém, a falta de rodízio por parte dos colegas que a impediram de assumir a vaga por alguns meses.
Segundo Gisela, há uma tendência na política de ver o outro como inimigo e o grupo acabou ignorando o fato de que, sem os votos reunidos por ela na coligação da época, eles poderiam não estar nos respectivos mandatos.
A pré-candidata não poupou críticas, ainda, à atuação da bancada federal de Mato Grosso – que em sua maioria irá tentar a reeleição nas urnas neste ano.
“Sempre fica muito a desejar… […] a nossa bancada foi muito tímida. Nas ruas, tem gente que nem lembra quem são os deputados federais. Não é por atuar em Brasília que precisam ficar afastados dos cidadãos mato-grossenses, que são a sua base [eleitoral]”, afirmou.
Chapa pura
Para Gisela, o novo modelo de eleição, em torno de chapas puras – com cada partido tendo que apresentar uma lista com nove nomes para a disputa –, reforça a possibilidade do União Brasil se destacar na disputa, em razão de ter conseguido reunir nomes competitivos no Estado.
Ela pontuou que, desde a sua criação, a legenda tornou-se a maior bancada federal no Brasil e tem em Mato Grosso um grupo político muito forte, da bancada do Governo aos deputados estaduais, além de mais de 240 vereadores.
“Cada partido tem que fazer no mínimo uma média de 185 mil votos para fazer um deputado federal. Então, o partido tem a musculatura necessária para esse novo formato de eleição que vamos ter, que é da chapa pura”, disse.
LISLAINE DOS ANJOS
MIDIA NEWS