DENUNCIADO POR HOMICÍDIO
Caso a Justiça aceite a denúncia, ele pode se tornar réu e responder criminalmente pelo homicídio, que aconteceu no dia 1º de julho, no bairro Quilombo, em Cuiabá.
Na denúncia apresentada à Justiça nesta quinta-feira (28), os promotores do Núcleo de Defesa da Vida, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), argumentaram que o vereador Tenente Coronel Marcos Paccola (Republicanos) agiu “no afã de projetar sua imagem politicamente”, ao matar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido como Japão.
“Como sendo de alguém que elimina a vida de supostos malfeitores e revela coragem e destemor no combate a supostos agressores de mulheres”, completou o MP.
O MP também destaca que, comprovando sua intenção política após o ocorrido, o vereador “veiculou mídias sobre seu suposto ato de heroísmo, além de discursar, no Parlamento Municipal, exaltando seu feito e desprestigiando a figura da vítima”.
Outro ponto demonstrado pelos promotores, é o início da ação. Tão logo percebeu que havia uma aglomeração de pessoas, Paccola fez com que seu assessor atravessasse o carro na avenida, com o claro interesse de ser notado.
“Importante destacar e rememorar que o ora denunciado [Paccola], ao visualizar que uma situação anômala ocorria, determinou que seu assessor parlamentar/motorista deixasse seu veículo atravessado na faixa da Avenida Filinto Muller, praticamente interrompendo o fluxo total da via, com o claro propósito de que sua presença e ação pudesse ser notada por um maior número de pessoas, momento em que se dirigiu ao local em que a vítima se encontrava, colocando-se na posição de autoridade que ali estava para ‘colocar ordem na situação’, o que acabou por descambar para uma desnecessária execução da vítima”, argumentou.
Caso a Justiça aceite a denúncia, Paccola se torna réu e vai responder criminalmente pelo homicídio, que aconteceu no dia 1º de julho, no bairro Quilombo, em Cuiabá.
O documento foi assinado pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo, Marcelle Rodriges da Costa e Faria, Antonio Sérgio Cordeiro Piedade e Vinícius Gahyva Martins.